Reprovação ao congresso sobe para 78%
Pesquisa mostra que 78% dos brasileiros associam atuação de parlamentares à defesa de interesses próprios
Contexto da pesquisa
Instituto responsável: Datafolha.
Período da coleta: 29 e 30 de julho de 2025.
Amostra: 2.004 entrevistas em 130 municípios de todas as regiões do Brasil.
Margem de erro: ±2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.
Principais dados
Reprovação ao Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado) voltou a subir:
35% avaliam o trabalho dos parlamentares como ruim ou péssimo.
18% consideram o desempenho ótimo ou bom.
Percepção de interesses pessoais:
78% dos entrevistados acreditam que os congressistas pensam mais em seus próprios interesses do que nos da população.
18% afirmam que deputados e senadores atuam pensando na coletividade.
Percepção sobre tratamento social:
73% dizem que o Congresso trata melhor os ricos do que os pobres.
5% veem o contrário.
Comparação com pesquisas anteriores
Em março de 2024, a reprovação e a aprovação estavam praticamente empatadas:
23% de reprovação.
22% de aprovação.
A avaliação atual repete os níveis negativos registrados no final de 2023.
Histórico de rejeição:
Desde 1993, a aprovação nunca superou os 25%.
O melhor índice foi no fim de 2010, no segundo mandato de Lula.
A única vez em que a aprovação superou a rejeição foi no início de 2003 (24% contra 22%).
O pior índice foi em novembro de 2017: 60% de reprovação, após a Câmara barrar a denúncia contra Michel Temer.
Impacto da polarização política
Eleitores de Lula (PT):
28% consideram o trabalho dos parlamentares ruim ou péssimo.
26% avaliam como bom ou ótimo (empate técnico).
Eleitores de Bolsonaro (PL):
38% de reprovação.
14% de aprovação.
Percepção de interesse próprio:
71% dos lulistas acreditam que os congressistas atuam por interesse pessoal.
Entre os bolsonaristas, esse número sobe para 83%.
Influência de acontecimentos internacionais
O Datafolha avaliou a percepção dos eleitores sobre o Congresso com base no conhecimento sobre a taxação imposta pelo governo Trump ao Brasil.
Entre os que se consideram bem informados sobre o tema, 48% avaliaram negativamente o Congresso.
Já entre os desinformados, a reprovação caiu para 20%.
Outros desdobramentos
Aliados de Bolsonaro continuam pressionando por uma anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, mas a proposta tem sido barrada por lideranças do PT e do centrão.
Fonte: Datafolha | Reportagem: Ranier Bragon (Folhapress) | Instagram
Veja também: manifestação organizada por Deputados bolsonaristas na noite de terça (5/agosto), obstruindo os trabalhos e impedindo qualquer votação, objetivando dar pulso à votação do projeto que prevê anistia aos condenados da tentativa de golpe do dia 8/janeiro.
Frente à confusão instalada na câmara, Hugo Motta, que estava fora de Brasília, retornou à capital com urgência.
Os presidentes Davi Alcolumbre (Senado) e Hugo Motta (Câmara) reagiram com irritação à ocupação das mesas diretoras por parlamentares bolsonaristas, que exigem a votação imediata da anistia aos golpistas do 8 de janeiro e do impeachment de Alexandre de Moraes.
Alcolumbre divulgou nota pedindo "serenidade e bom senso" e convocou reunião de líderes. Motta também chamou líderes para discutir a crise nesta quarta (6).
Eles estão atacando o parlamento e a democracia! Vergonha total! Deputados do PL sequestraram a mesa impedindo o funcionamento do parlamento. pic.twitter.com/8i7Xp2Ajet
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) August 5, 2025
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