BS Prisma

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

Agentes cumpriram mandados de prisão e busca no DF e em São Paulo. Fraude envolvia uso de documentos falsos em tentativas de saque milionário. Caixa afirma colaborar ativamente com autoridades nas investigações.

Prisões e bloqueio de valores

Na manhã da quarta-feira (27), a Polícia Federal (PF) deflagrou a segunda fase da Operação Predatórios, voltada a aprofundar as investigações sobre um suposto esquema fraudulento contra a Caixa Econômica Federal. Os crimes eram praticados por meio da cobrança irregular de precatórios.

Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão em endereços do Distrito Federal e de São Paulo. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 57 milhões em nome dos investigados.

Fraude começou a ser investigada em 2024

Segundo a PF, as apurações começaram em 2024, após servidores da Caixa desconfiarem de dois homens que tentavam sacar R$ 57 milhões referentes a um precatório em uma agência localizada na Esplanada dos Ministérios.

Os suspeitos – um deles advogado – foram presos em flagrante. Seus depoimentos permitiram identificar outros supostos integrantes da organização criminosa, que usava documentos falsos, incluindo procurações públicas lavradas em cartório, para tentar efetuar os saques.

Na primeira fase da Operação Predatórios, em 26 de junho de 2024, a PF já havia cumprido quatro mandados de busca e apreensão.

Os investigados poderão responder por estelionato qualificado contra a Caixa, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa, além de outros crimes que possam ser identificados.

Procurada, a Caixa informou que, por se tratar de caso sigiloso, não pode fornecer detalhes adicionais, mas destacou manter “colaboração ativa com os órgãos de segurança pública e autoridades competentes, contribuindo de forma efetiva para a prevenção e repressão de práticas ilícitas que possam comprometer o sistema financeiro e a confiança dos clientes”.