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A Fiocruz firmou parceria com a farmacêutica brasileira EMS para viabilizar a produção nacional de medicamentos injetáveis à base de liraglutida e semaglutida, usados no tratamento da obesidade e diabetes tipo 2. Essas substâncias estão presentes em canetas como Ozempic, Wegovy e Olire — esta última, a primeira do tipo produzida integralmente no Brasil.

O acordo, anunciado na quarta-feira (6/agosto) com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, prevê a transferência integral de tecnologia, incluindo a fabricação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e da formulação final. Inicialmente, a produção ocorrerá na unidade da EMS em Hortolândia (SP) e, posteriormente, será transferida para Farmanguinhos, da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A nacionalização tem como objetivo reduzir a dependência de importações e, no futuro, diminuir os custos de mercado. O Ministério da Saúde estuda incorporar os medicamentos ao SUS, especialmente para pacientes com obesidade grave ou que aguardam cirurgia bariátrica.

A parceria também se antecipa ao fim das patentes desses medicamentos, previsto para 2026 no Brasil. A do Ozempic expira em março, o que deve permitir a entrada de genéricos. Embora outras empresas, como Biomm e Hypera Pharma, também se preparem para lançar versões similares, a iniciativa da Fiocruz com a EMS é a primeira com transferência completa de tecnologia para o setor público.