
Foto: Roberta Aline / MDS
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Ministério do Desenvolvimento Social
Cerca de 1 milhão de domicílios deixaram de receber o Bolsa Família em julho de 2025, em razão do aumento de renda. Do total, 536 mil famílias completaram os 24 meses previstos na Regra de Proteção, que permite o recebimento de 50% do benefício quando a renda per capita fica entre R$ 218 e meio salário mínimo. Outros 385 mil lares ultrapassaram R$ 759 per capita, acima do limite do programa.
Apesar do desligamento, esses grupos continuam amparados pelo Retorno Garantido, mecanismo que prioriza o reingresso no Bolsa Família caso a família volte à condição de pobreza.
A saída em massa ocorre após a modernização do Cadastro Único, em março de 2025, que passou a integrar bases como o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), atualizando automaticamente a renda familiar. Com isso, 8,6 milhões de famílias deixaram o Bolsa Família desde 2023.
Julho também marcou a aplicação das novas regras para famílias que tiveram aumento de renda. Cerca de 36 mil lares passaram a integrar a Regra de Proteção, recebendo metade do valor do benefício por até 12 meses. Nos casos de aposentadoria, pensão ou Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), a permanência é de até dois meses. Já famílias com pessoas com deficiência podem permanecer 12 meses na regra.
Criada no novo desenho do programa, a Regra de Proteção foi destacada pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, como parte da estratégia do governo federal contra a fome. Segundo ele, o Bolsa Família, aliado a políticas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Brasil Sem Fome, retirou 24,4 milhões de brasileiros da insegurança alimentar grave em 2023.
No mesmo ano, os índices de pobreza (27,4%) e extrema pobreza (4,4%) foram os menores em anos, segundo o Banco Mundial. Em 2024, 98,87% das vagas de emprego formal criadas foram ocupadas por inscritos no Cadastro Único.
Resumo:
– 1 milhão de famílias deixaram o Bolsa Família em julho/2025.
– 536 mil atingiram o limite da Regra de Proteção (24 meses).
– 385 mil superaram o limite de renda per capita (R$ 759).
– Cadastro Único modernizado elevou cruzamento de dados.
– Novas regras permitem transição com benefício parcial.
– Impactos sociais: queda da pobreza e insegurança alimentar; programa segue como referência mundial.
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